
"A dor chega em todas as formas possíveis. Uma dozinha aguda, um pouquinho de depressão, a dor aleatória com que convivemos todos os dias. Então tem o tipo de dor que você simplesmente não consegue ignorar, um nível tão alto de dor que bloqueia todo o resto, faz com que o mundo inteiro desapareça até que a gente só consiga pensar que o tanto que machucamos e a maneira com que lidamos com a dor é, totalmente pessoal. Nos anestesiamos, sobrevivemos a ela, a abraçamos ou a ignoramos. Para alguns de nós a melhor maneira de lidar com ela é atravessando-a. Você só tem que sobreviver a ela, esperar que ela vá embra sozinha, esperar que a ferida que a causou, sare. Não há soluções, respostas fáceis. Você só respira fundo e espera que ela vá diminuindo. Na maior parte do tempo, a dor pode ser administrada, mas às vezes ela te pega quando você menos espera, te acerta no estômago e não te permite levantar. Você tem que lutar através da dor, porque a verdade é que você não consegue escapar dela e a vida sempre te causa mais."